quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O som do funk cruzando barreiras

Guilherme Souza

Malboro foi um dos responsáveis por levar o
 funk para o exterior. Foto: Divulgação.
Para termos uma melhor classificação sobre o crescimento do funk, podemos começar pela sua história, suas origens. O funk é originário dos Estados Unidos, onde a partir dos anos de 1970, começaram a ser realizados bailes black, soul, shaft ou funk. Com o tempo os djs foram buscando novos ritmos de música negra, mas o nome original permaneceu.

Quanto ao funk carioca, suas influências vêm diretamente do Miami Bass e do Freestyle, além de utilizar a temática do baile funk para se referir a festas ou discotecas que tocam o ritmo carioca. E ao longo de tantos anos, o gênero vêm atravessando barreiras e preconceitos pela sociedade até hoje.
   
Embora o funk já seja considerado patrimônio cultural do Rio, ainda é muito discriminado. Suas músicas trazem ritmos erotizados e batidas mais rápidas. Até então, alguns DJs faziam regravações de músicas que se tornaram sucesso na versão ritmo. Originário das favelas do Rio de Janeiro, o funk encontrou no olhar clínico do DJ Marlboro vias para a sua nacionalização.

Conheça um pouco sobre os bailes Black

 
A ideia do músico era a de retratar o apelo de moradores de comunidades carentes, abordando a violência e a pobreza das favelas. Houve então, um boom em relação ao número de raps, melôs gravadas em português-sempre utilizando o ritmo do Miami bass. Uma nova vertente foi se codificando, vindo a nascer o que conhecemos como funk melody, com músicas mais melódicas e com temas mais românticos. Assim, o funk conseguiu mascarar seu ritmo, mostrando-se mais parecido com um rap americano e integrando-se mais às demais classes sociais cariocas.
Ícone do funk nacional, Marlboro é maior exemplo de ascensão social pela música. O empresário Fernando Luís Mattos da Matta, mas conhecido como DJ Marlboro – foi um dos principais responsáveis por levar a batida para fora do Brasil e segue garantindo seu espaço pelo mundo, não deixando sua música se limitar ao eixo Rio–São Paulo, o que a fez chegar a outros países.

Nenhum comentário:

Postar um comentário