Sérgio de Melo
Entre em contato: serjr17@hotmail.comA pressão da polícia, da imprensa e a criação de uma CPI na Assembléia do Rio Janeiro em 1999 e 2000 acabaram com a violência em grande parte dos bailes, ao mesmo tempo que as músicas se tornaram mais dançantes e as letras, mais sensuais. Esta nova fase do ritmo, descrita por alguns como o new funk, se tornou sucesso em todo o país e conquistou lugares antes dominados por outros ritmos, como o Carnaval baiano. A Furacão 2000 continua uma das principais equipes de som e produtoras do mercado até hoje.
Saindo das favelas em direção à cidade, o funk conseguiu mascarar seu ritmo, mostrando-se mais parecido com um rap americano e integrou-se um pouco mais as classes cariocas. Seu ritmo e sua batida repetitiva também contribuíram para que mais pessoas se tornassem adeptas dessa música, fazendo com que o estilo chegasse a movimentar milhões por mês no Estado do Rio.
O funk ganhou espaço fora do Rio e ganhou conhecimento internacional quando foi eleito umas das grandes sensações do verão europa de 2005 e ser base para um sucesso da cantora inglesa MIA, "Bucky Done Gun". Um dos destaques desta fase, e que foi objeto até de um documentário europeu sobre o tema é a cantora Tati Quebra-Barraco que se tornou uma figura emblemática das mulheres.
Esse mercado foi criado nas duas últimas décadas, sem ajuda da indústria cultural estabelecida, não existe outro exemplo tão claro de virada mercadológica na cultura pop contemporânea. O funk agora tem números claros, que mostram uma atividade econômica importante, que pode assim ser levado a sério pelo poder público.
O estilo musical, embora apresente expansão mercadológica, ainda continua sendo alvo de muita resistência e preconceito, sendo bastante criticado por intelectuais e grande parte da população.
Em Setembro de 2009, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou projeto definindo o funk como movimento cultural e musical de caráter popular.
O projeto de lei aprovado assegura a realização de manifestações próprias relacionadas ao funk. De acordo com a norma, os assuntos relativos ao estilo musical devem ser prioritariamente da competência de secretarias ou outros órgãos ligados à cultura. A lei proíbe qualquer tipo de discriminação e preconceito contra o funk.
A partir de agora haverá um tratamento igualitário ao funk. A proposta deste projeto foi feita pelos deputados Marcelo Freixo (PSOL) e Wagner Montes (PDT). O funk deixa de ser tratado pela polícia para ser tratado pela cultura.
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Wagner Montes (PDT) é um dos autores do projeto de lei que reconhece o funk como movimento cultural. Foto: Divulgação |
Saindo das favelas em direção à cidade, o funk conseguiu mascarar seu ritmo, mostrando-se mais parecido com um rap americano e integrou-se um pouco mais as classes cariocas. Seu ritmo e sua batida repetitiva também contribuíram para que mais pessoas se tornassem adeptas dessa música, fazendo com que o estilo chegasse a movimentar milhões por mês no Estado do Rio.
O funk ganhou espaço fora do Rio e ganhou conhecimento internacional quando foi eleito umas das grandes sensações do verão europa de 2005 e ser base para um sucesso da cantora inglesa MIA, "Bucky Done Gun". Um dos destaques desta fase, e que foi objeto até de um documentário europeu sobre o tema é a cantora Tati Quebra-Barraco que se tornou uma figura emblemática das mulheres.
Esse mercado foi criado nas duas últimas décadas, sem ajuda da indústria cultural estabelecida, não existe outro exemplo tão claro de virada mercadológica na cultura pop contemporânea. O funk agora tem números claros, que mostram uma atividade econômica importante, que pode assim ser levado a sério pelo poder público.
Ouça os hits que agitaram os bailes funk a partir dos anos 2000
O estilo musical, embora apresente expansão mercadológica, ainda continua sendo alvo de muita resistência e preconceito, sendo bastante criticado por intelectuais e grande parte da população.
Em Setembro de 2009, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou projeto definindo o funk como movimento cultural e musical de caráter popular.
O projeto de lei aprovado assegura a realização de manifestações próprias relacionadas ao funk. De acordo com a norma, os assuntos relativos ao estilo musical devem ser prioritariamente da competência de secretarias ou outros órgãos ligados à cultura. A lei proíbe qualquer tipo de discriminação e preconceito contra o funk.
A partir de agora haverá um tratamento igualitário ao funk. A proposta deste projeto foi feita pelos deputados Marcelo Freixo (PSOL) e Wagner Montes (PDT). O funk deixa de ser tratado pela polícia para ser tratado pela cultura.
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